quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Política. Eu acredito!

A política me parece cada dia mais estranha, os sonhos de antes vem sendo substituídos pelas conveniências de hoje, o dinheiro tem sido capaz de mudar a ideologia das pessoas. E, por outro lado, o povo parece gostar da situação, deixou de eleger apenas os velhos corruptos, e vem alternando com os milicianos. Mas, afinal, que diferença faz? Os deputados não servem pra muita coisa, a onda agora é parar o congresso com uma enchente de medidas provisórias.

Mas, apesar de tudo isso, ainda acredito em uma política diferente, que não seja feita apenas para, mas com o povo. Onde o vale tudo por mais poder não impere. Onde o povo saiba votar e não se venda por um saco de cimento.

Que a política recupere o respeito e as pessoas entendam que é possível fazê-la, defender projeto, conquistar hegemonia, sem desfazer pessoas, sem quebrar princípios, sem perder o encanto, sem perder a ternura... É possível fazer política com arte, rimada com poesia, ritmada com a dança, feita com alegria... A política que faz crescer na consciência de ser gente, a política que traz o novo na vida do povo. A política que faz Revolução Quotidianamente Insistentemente Amantemente.

Micaela Costa



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Por que luto?

"Em um país cujo único empregador é o Estado, oposição significa morte por fome. O velho princípio daquele que não trabalha não deverá comer, é substituído por um novo: aquele que não obedece não deverá comer." (Leon Trotsky )

Este é o socialismo que eu abomino, por isso preciso de algo novo, que atenda o tanto de sonhos que tenho. Por isso luto:

Luto porque acredito em um mundo melhor, onde as pessoas sejam o mais importante, onde os objetos não interessem tanto. Que as pessoas tenham liberdade, inclusive para consumir e desfrutar de tecnologia, mas sabendo que estão comprando apenas um produto e não sua felicidade. Um mundo onde a diversidade seja considerada riqueza cultural, e não motivo para preconceito ou exclusão, onde as pessoas tenham mais tempo para viver intensamente cada momento, que possam ter como trabalho algo que gostem de fazer, e não se escravizar durante 12 meses pra ter direito a 1 mês de felicidade (isso quando não o vendem por mais um salário mínimo).

Um mundo onde a política seja apenas uma forma de discutir e alterar a realidade e não meio para enriquecer as custas dos mais pobres. Que as empresas de plano de saúde, segurança e as escolas privadas entrem em falência, por excelência dos serviços públicos. Que os jornais parem de jogar informações manipuladas e passem a produzir conhecimento.

Um mundo socialista? Talvez! Um socialismo com a nossa cara, que não tenha caráter repressivo, que seja alegre e colorido. Que seja fruto de uma construção coletiva, feita com muita militância, muito debate, com as opiniões das donas de casa e dos intelectuais tendo o mesmo peso. Um mundo onde possamos ser Socialmente iguais, Humanamente diferentes e Totalmente livres.

Micaela Costa